Santa
Maria, 30 de julho de 2014
Aparta-te
do mal, e faze o bem; procura a paz, e segue-a. Salmos 34:14
Diante
das cenas que desafiam nossas mentes e corações é impossível nos calarmos
diante da injustiça, da violência e da opressão. O conflito entre Israel e
Palestina tem alcançado níveis insuportáveis de violação dos direitos humanos e
da excessiva força militar israelense contra o povo que habita a região de
Gaza.
Ao
longo de décadas, o povo palestino tem sofrido com o isolamento e o apartheid político
causado pelas incursões militares em seu território. Suas terras são
constantemente invadidas pelos assentamentos ilegais do povo israelense,
contrariando claras resoluções da ONU sobre estas violações. Apesar de todos os
esforços para a construção da paz no Oriente Médio, uma vez mais nos deparamos
com a brutalidade da guerra.
O
ultra-nacionalismo do governo israelense tem feito ouvidos surdos aos apelos da
comunidade internacional, inclusive de seu maior aliado, para suspender a
matança de civis, em sua maioria mulheres e crianças.
A
tese de autodefesa cai por terra quando se assassina crianças e mulheres indefesas.
Lamentavelmente Israel se sustenta a partir da estratégia de guerra. Os nexos
econômicos de compra e venda de armas de guerra garantem muitas vezes a
indecisão de alguns países como Estados Unidos e países europeus. Os laços da
política bélica israelense estendem suas ramificações até no Brasil como por
exemplo o termo de convênio entre o Estado do Rio Grande do Sul e a empresa
israelense para desenvolvimento do polo aeroespacial gaúcho.
Somente
a pressão internacional poderá fazer com que o cessar fogo seja definitivo e
possa permitir negociações realmente sérias para o estabelecimento de um Estado
Palestino e um Estado Israelense que convivam em mútuo respeito e sem
hostilidades. Nem todo israelense é sionista e nem todo palestino é
anti-semita. Existem organizações e movimentos que tem postulado a busca de
entendimento e reconhecimento de ambos os povos do direito de cada um ter seu
Estado e sua auto-determinação. Muitas iniciativas ecumênicas e
inter-religiosas tem buscado trilhar este caminho.
O
braço armado de radicais não serve como interlocutor legitimo para a construção
da paz. A lógica da guerra é inaceitável e ainda muito mais quando se mata
crianças, destrói hospitais, escolas, infra-estrutura e nega direito a refúgio
seguro.
Rechaçamos
veementemente a ofensiva de destruição de Gaza pelo exército israelense e
pedimos à comunidade internacional que pressione efetivamente e por todos os
meios o governo de Israel a interromper esta matança inaceitável de civis
inocentes.
Oremos
por todas as pessoas que estão envolvidas no trabalho de assistência
humanitária em Gaza e por todas aquelas que estão se esforçando para a o
estabelecimento de um diálogo entre as partes em conflito.
++Francisco
Primaz
do Brasil
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