quinta-feira, 30 de abril de 2015

65° CONCÍLIO DIOCESANO DA DIOCESE SUL-OCIDENTAL

Concílio Diocesano, um encontro de estudo, planejamento e celebração entre lideranças clericais e leigas de toda a diocese. Será também uma celebração festiva em ação de graças a Deus pelos 65 anos de nossa diocese. 

Deus nos conceda um abençoado Concílio!


MENSAGEM DIA DO TRABALHADOR


JOVENS DA IEAB ESCREVEM NOTA DE REPUDIO CONTRA A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

“… Eu vos escolhi jovens, porque sois fortes, e a Palavra de Deus está em vós…” (I João 2:14).
Nós, jovens da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil – IEAB, abaixo assinados, repudiamos a decisão proferida na última terça-feira (31 de março) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados autorizando que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 171/93 siga seu trâmite legislativo normal no Congresso Nacional. A PEC em questão tem como objeto reduzir a maioridade penal dos atuais 18 para os 16 anos de idade.Em primeiro lugar, a medida em questão é constitucionalmente inviável, uma vez que compromete direitos e garantias individuais previstos na Constituição Federal de 1988, como os dos artigos 227 e 228, os quais reconhecem as crianças e os adolescentes como pessoas em condição peculiar de desenvolvimento, inimputabilidade penal, e estabelecem que as medidas de responsabilização por atos infracionais devem ser específicas, não integradas ao código penal. O artigo 60 da Constituição define que é inadmissível emenda tendente a abolir esses direitos e garantias, a menos que seja convocada nova Assembleia Constituinte.
Além de desrespeitar a Constituição Federal, a proposição em questão vai contra a Doutrina da Proteção Integral do Direito Brasileiro, a qual exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada às políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa. Vai contra a Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Declaração Internacional dos Direitos da Criança compromissos assinados pelo Brasil.
Ainda que diferentes interpretações doutrinárias entendam que seja possível atacar esses direitos fundamentais por meio de emenda constitucional, entendemos que a redução da maioridade penal não atinge o problema da segurança pública em seu cerne e tem, na realidade, o potencial de aumentar os índices de violência.

É importante destacar que os menores que cometem crimes violentos estão ou nas grandes periferias ou na rota do tráfico de drogas e são vítimas dessa realidade. Atualmente, roubos e atividades relacionadas ao tráfico de drogas representam 38% e 27% dos atos infracionais, respectivamente, de acordo com o levantamento da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente. Já os homicídios não chegam a 1% dos crimes cometidos entre jovens de 16 e 18 anos.
Segundo a Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância da ONU, dos 21 milhões de adolescentes brasileiros, apenas 0,013% cometeu atos contra a vida. Por outro lado, são os jovens (de 15 a 29 anos) as maiores vítimas da violência. Em 2012, entre os 56 mil homicídios em solo brasileiro, 30 mil eram jovens, em sua maioria, negros e pobres.
Os homicídios de crianças e adolescentes brasileiros cresceram vertiginosamente nas últimas décadas: 346% entre 1980 e 2010. De 1981 a 2010, mais de 176 mil foram mortos e só em 2010, o número foi de 8.686 crianças e adolescentes assassinadas, ou seja, 24 POR DIA!

O argumento de defensores da PEC 171 de que os adolescentes estão à margem de qualquer responsabilização por suas infrações não corresponde à realidade. No Brasil, a partir dos 12 anos, adolescentes infratores cumprem medidas socioeducativas em unidades específicas de internação, que têm como objetivo evitar que estes reincidam, tendo sucesso em mais de 80% dos casos. Incluídos no sistema carcerário, onde não conquistamos o objetivo de promover a recuperação e a ressocialização dos detentos, os adolescentes estarão sujeitos às taxas de reincidências observadas neste sistema, que ultrapassam 70%. Nenhum tipo de experiência na cadeia pode contribuir com o processo de reeducação e reintegração dos jovens na sociedade.
Dados do Ministério da Justiça (MJ) mostram que entre janeiro de 1992 e junho de 2013 o número de pessoas presas aumentou 403,5% no Brasil, nos transformando na quarta nação com maior população carcerária do mundo. Essa superlotação em tempo recorde não reduziu a violência, ao contrário. Entre 2002 e 2012, o número total de homicídios registrados pelo Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, passou de 49.695 para 56.337 ao ano, tendo entre os jovens o maior número de vítimas. Nos casos em que crianças ou adolescente são as vítimas de homicídios, o crescimento foi ainda maior, chegando a 346% entre 1980 e 2010. Esses sim são os números que deveriam nos alarmar e nos mobilizar a buscar soluções.
Experiências internacionais demonstram que nos 54 países que reduziram a maioridade penal não se registrou redução da violência. Recentemente, diante do insucesso da medida, Espanha e Alemanha revogaram a redução da maioridade penal para menores de 18 anos.
O adolescente marginalizado não surge ao acaso. Ele é fruto de um estado de injustiça social que gera e agrava a pobreza em que sobrevive grande parte da população. A marginalidade torna-se uma prática moldada pelas condições sociais e históricas em que as pessoas vivem.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 4º, enfatiza a função da sociedade no trato da juventude: “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”.
Reduzir a maioridade é transferir o problema. Para o Estado é mais fácil prender do que educar. A educação é fundamental para qualquer indivíduo se tornar um cidadão, mas é realidade que no Brasil muitos jovens pobres são excluídos deste processo. Puni-los com o encarceramento é tirar a chance de se tornarem cidadãos conscientes de direitos e deveres, é assumir que falhamos como sociedade em lhes assegurar esse direito básico que é a educação.

Assim como não é moralmente aceitável que os pais e as mães abandonem seus filhos e filhas, fere princípios éticos uma nação simplesmente desistir de sua infância e juventude. Jogar nossos adolescentes em conflito com a lei dentro das cadeias só vai torna-los ainda mais invisíveis.
O que devemos aos e às adolescentes brasileiros é a capacidade, como País, de assegurarmos a eles e elas formação de projetos de vida baseados nos valores da solidariedade e do respeito mútuo, em que possam contribuir com a sociedade estando a salvo da violência.
Deixar na margem e desconsiderar totalmente a discussão sobre os motivos que adolescentes e jovens da mesma classe social, mesmas regiões e basicamente com os mesmos atributos físicos e étnicos são condicionados a cometer delinquências é fechar os olhos para as causas e tomar medidas a partir dos efeitos colaterais.
Como jovens da IEAB, lembramos duas das Marcas da Missão Anglicana que diz: *Testemunha para todo o povo o amor de Cristo, que reconcilia, salva e perdoa; *Desafia a injustiça, a opressão e a violência. Precisamos defender a vida, a transformação de vidas, e não desistir destas vidas, entregando-as a um sistema prisional que não resgata ninguém. Precisamos dar um testemunho de compromisso com nossa juventude. Nesta Sexta-feira Santa, não lavemos nossas mãos diante de uma juventude que sofre e morre todos os dias, vítima da violência, da ganância e do descaso, assumamos nosso compromisso com a vida!
Alexandre Bruno de Sousa da Silva – Distrito Missionário Anglicano
Anderson Soares da Silva – Diocese Anglicana do Recife
Arthur Cavalcante – Diocese Anglicana de São Paulo
Carmen Andrea Blass – Diocese Anglicana de Pelotas
Clarissa Duarte Gomes – Diocese Anglicana de Curitiba
Claudio de Souza Linhares – Diocese Anglicana do Recife
Daniel Souza – Diocese Anglicana de São Paulo
Darlan Fernandes – Diocese Sul-Ocidental
Denise Duarte Gomes – Diocese Anglicana de Curitiba
Diana da Costa Linhares – Diocese Anglicana do Recife
Diorgenes Yuri da Rosa – Diocese Anglicana de Pelotas
Dominique Lima – Diocese Anglicana do Recife
Elineide Ferreira – Distrito Missionário Anglicano
Elizah Afonso – Diocese Meridional
Emerson Peixoto – Diocese Anglicana de Curitiba
Frederiko Luz – Diocese Anglicana de Brasília
Gisele Alzeman – Diocese Anglicana do Rio de Janeiro
Giselle Gomes da Silva Souza – Diocese Anglicana do Recife
Gregorio Oiveira – Diocese Anglicana de Curitiba
Gustavo Correia Alves da Silva – Diocese Anglicana do Recife – DAR
Heitor Cova Gama – Diocese Anglicana de Brasília
Hugo Armando Sanchez – Distrito Missionário Anglicano
Ismenia Garcia Ferreira de Andrade – Diocese Anglicana de Brasília
Izaias Torquato – Diocese Anglicana do Recife
Jessica Aline  Rosa – Diocese Anglicana de Pelotas
Jordan Brasil dos Santos – Diocese Sul-Ocidental
Julia Alves Porto – Diocese Anglicana de Brasília
Julio César Pereira da Silva Junior – Diocese Anglicana do Recife – DAR
Laís Patricia de Oliveira Santos – Diocese Anglicana do Recife – DAR
Lilian Conceição da Silva Pessoa de Lira – Diocese Anglicana do Recife
Lilian Pereira da Costa Linhares – Diocese Anglicana do Recife
Linneu de Rezende Haldermann – Diocese Anglicana do Rio de Janeiro
Lucas Correia – Diocese Anglicana de Brasília
Lucas Correia de Andrade – Diocese Anglicana de Brasília
Luciana Sousa – Diocese Anglicana de Brasília
Luís Alves Porto – Diocese Anglicana de Brasília
Marcos Vinicius Bessa – Diocese Anglicana de Brasília
Maria Claudia Gastal de Castro Ramos – Diocese Meridional
Maria Cunha Valente – Diocese Anglicana de Brasília
Marina Ester Pereira dos Prazeres – Diocese Anglicana do Recife
Nayann Tainá Borges Santana – Diocese Anglicana de Brasília
NayannTainá Borges Santana – Diocese Anglicana de Brasília
Paula Cristina Alves – Diocese Sul-Ocidental
Pedro Correia de Andrade – Diocese Anglicana de Pelotas
Pedro Rodrigo da Silva – Diocese Anglicana do Recife
Pollianny Ramos Lopes – Diocese Anglicana do Recife
Raiana Camila Rodrigues Bezerra –  Diocese Anglicana do Recife
Rejanne Cristina Souza Sanchez – Distrito Missionário Anglicano
Renata Nunes – Diocese Anglicana de Pelotas
Ricardo Santos – Diocese Anglicana do Recife
Robert Adan Costa Silva – Distrito Missionário Anglicano
Rodrigo Gonçalves Souza – Diocese Anglicana de Brasília
Samanta Ribeiro Bottega – Diocese Sul-Ocidental
Tatiana Ribeiro – Diocese Anglicana de Brasília
Tatiane Cosme – Diocese Anglicana do Recife
Tatiane Vidal – Diocese Meridional
Thiago Correia de Andrade – Diocese Anglicana de Brasília
Thiago Rocha Montenegro – Diocese Anglicana de Brasília
Tiago Ludugerio da Silva Diocese Anglicana do Recife
Victo Hugo de Oliveira Marques – Distrito Missionário Anglicano
Vladimir Ernesto de Souza Sanchez – Distrito Missionário Anglicano


quarta-feira, 22 de abril de 2015

JUNTA PAROQUIAL DA PARÓQUIA SÃO JOÃO EVANGELISTA TEM NOVOS MEMBROS

No domingo, 19, na Paróquia São João Evangelista, aconteceu a assembleia para a escolha e renovação de 1/3 da Junta Paroquial. Na oportunidade foram escolhidas a senhora Maria Elisa Batista e a senhorita  Silviane Medeiros ambas eleitas pela a comunidade para a Gestão 2015/2017.




GALETO COM ARROZ E SALADA


A UMEAB da Paróquia São João Evangelista promove:
GALETO COM ARROZ, SALADA E POLENTA
Dia: 26/04/2015
Hora: 12hs
Valor: R$ 10,00
Local: Salão Paroquial
Os ingressos já estão à venda.
Colabore!


segunda-feira, 13 de abril de 2015

ASSEMBLEIA GERAL PARA ELEIÇÃO DE 1/3 DA JUNTA PAROQUIAL


CONVOCAÇÃO
A Paróquia São João Evangelista, convoca os seus membros para a Assembeia de Escolha de 1/3 da Junta Paroquial a realizar-se no dia 19 de abril de 2015, com a primeira chamada às 9h e 30min e a segunda chamada às 10hs. 
Salientamos que para fazer parte da Junta Paroquial de acordo com os cânones todo o membro deve ser batizado, confirmado e contribuinte.

Odilon Gomes de Carvalho

Pároco 

AÇÃO ENTRE AMIGOS


Rifa-se uma cesta de produtos variados em comemoração ao Dia das Mães no valor de R$ 1,00 cada número em beneficio a UMEAB da Paróquia São João Evangelista. O sorteio acontecerá durante a celebração do Dia das Mães.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

PARÓQUIA SÃO JOÃO EVANGELISTA REALIZA CELEBRAÇÃO DE PÁSCOA

No domingo, 05 de abril, a Paróquia São João Evangelista realizou a Celebração de Páscoa.






MENSAGEM DE PÁSCOA DO BISPO PRIMAZ


E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando nos abria as Escrituras?
Lucas 24:32

Irmãos e Irmãs
Graça e Paz

Neste ano quando comemoramos datas tão significativas de nossa história temos muito a celebrar. Mas também temos muito com que nos preocupar. Vivemos um contexto sócio-político que nos deixa tristes a perguntar, como os discípulos de Emaús, porque temos sido invadidos por tanta preocupação e mesmo tristeza.
O Brasil vive uma silenciosa luta entre protagonistas de projetos de sociedade bem diferentes entre si. Parece que nossa sociedade tão historicamente caracterizada pela capacidade de conviver com diferenças está expressando desde as entranhas de sua alma o ódio, o preconceito e a violência. As forças conservadoras amparadas pelas elites e pelos instrumentos que tão bem elas manipulam estão ameaçando garantias e direitos sociais conquistados com muita luta.
Para dentro de nossa Igreja, temos vivido também algumas dissonâncias que parecem repicar o que está acontecendo na sociedade brasileira. Aqui e ali, desde os contextos mais locais e até contextos mais gerais tem aparecido sinais preocupantes que merecem a nossa atenção, nossa oração e a necessidade de se retomar urgentemente a pedagogia do diálogo.
Jesus tem caminhado conosco lado a lado, mas muitas vezes não o estamos reconhecendo porque estamos confusos. Vivemos um autêntico caminho de Emaús. Precisamos chegar logo à casa e à mesa para que no partir do pão possamos recuperar a visão, o sonho e a compreensão de que devemos anunciar aos demais a Boa Nova.
Esta é a mensagem que a Páscoa do Senhor nos traz: é hora de passar da tristeza para a alegria, da escravidão para a liberdade, do pessimismo para motivação. O Ressurreto entre nós é a garantia da nossa fé, o penhor de que nossa missão deve seguir em frente e a certeza de que não estamos sozinhos. Como eu disse em uma mensagem de Páscoa há um tempo atrás: nossa força reside no poder da ressurreição, que vence a morte e o túmulo!
Mas para isso, toda a Igreja é chamada a ouvir atentamente a Jesus. Ele é a pedagogia da libertação de nossos males sociais e eclesiais. Se o ouvimos, nossa compreensão de mundo se amplifica. Se o ouvimos, deixamos de ser pessoas encurvadas para dentro de nós mesmos, de nossas conveniências pessoais e mesmo institucionais. Se o ouvimos, deixamos de caminhar a esmo, sem projeto de Igreja, sem clareza de nossa missão. Pelo contrário, em sintonia com o Ressurreto, nem o céu nem o mar nos deterão a fazer aquilo para o que somos chamados: transformar os Reinos deste mundo no Reino de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Nossa Igreja precisa dar ouvidos ao que o Espírito nos diz. O Ressurreto nos chama a ser comunidade de pessoas redimidas, de pessoas disponíveis para levar esperança, dignidade, justiça e alegria para o nosso povo. E isso só será possível se deixarmos o coração arder!
Que nesta Páscoa possamos, em torno da mesa eucarística, deixar para trás tudo aquilo que nos impede de viver em comunhão uns com os outros. Que a iluminação e a comunhão com Cristo nos empurre com alegria para o cumprimento da missão para a qual Deus nos chamou. Feliz Páscoa a todas as pessoas deste tesouro maravilhoso de Deus: nossa IEAB!
Do Vosso Primaz,
++Francisco