quarta-feira, 30 de maio de 2012

ECUMENISMO

Ecumenismo durante a Jornada da Confiança


O termo Ecumenismo, derivado de ecumenia, etimologicamente significa a tendência a fazer de todo o mundo uma só família. Trata-se, portanto, de um diálogo permanente entre as diversas religiões, para que cada uma apresente sua doutrina e se disponha a colaborar na promoção do bem comum, vivendo a unidade na diversidade.
O Pastor Elias da Igreja Presbiteriana Independente afirma que o ecumenismo, no final do século vinte, passou a ser a união de todos os povos, as fés, num movimento de cooperação entre os mesmos.
Ele afirmou que somente no final da década de 80 a igreja presbiteriana passou a dialogar com os católicos, de forma ainda tímida. A posição oficial de sua igreja é a de que os seus seguidores podem participar de eventos ecumênicos, desde que não participem de celebrações eucarísticas.
Pessoalmente, Elias se considera um incentivador do ecumenismo. “Cada vez mais, os discípulos de Cristo devem compartilhar experiências religiosas, revendo suas práticas, tradições e construções ideológicas’”.
“A Jornada da Confiança é um evento que reforça a importância do ecumenismo. Cada vez mais a juventude deve entender que neste mundo pluralista, cheio de diferenças, não só as religiões, mas também as pessoas, devem caminhar juntas em favor de uma sociedade melhor”, relata.
Para o Frade Franciscano Hermes Soares dos Santos, ecumenismo é um diálogo inter-religioso, que busca a luta comum pela prática do bem, do amor, da justiça e da liberdade a favor do ser humano. “Isto é possível entre as religiões, pois todas têm um ponto em comum: a referência de um Deus de amor e paz”, fala.
Segundo Hermes, “a Jornada da Confiança é a esperança de um mundo melhor, mais aberto ao diálogo, com respeito às diferenças. Isto porque que participantes de várias religiões estão presentes no evento. Infelizmente nem todos, não só da igreja católica, se simpatizam pelo ecumenismo e muitos acreditam na teoria, mas não na prática”, afirma.

Vivenciando o diferente

Durante a Jornada, o Frade Hermes Soares pode vivenciar uma experiência nova e única: foi acolhido na casa de uma família de Adventistas, convivendo com seus hábitos e costumes religiosos durante os quatro dias de evento.
Em sua hospedagem, Hermes pode vivenciar a rotina de orações da família adventista, e, mesmo em sua posição de frade, seguiu os rituais religiosos da mesma, respeitando suas diferenças.
“Temos a tendência de achar que as outras religiões têm costumes bobos ou estão erradas, mas a religiosidade é uma questão de sentimento, manifestadas em práticas diferentes, mas todas com o seu valor”. Para o frade, o mundo poderia ser melhor se as religiões se unissem em um bem comum: a paz, o amor e a fraternidade para os povos.

Ecumenismo na juventude

Para Armando Carlos Pereira, católico, o ecumenismo é muito importante para a construção de um mundo melhor, com amor e sem guerras. “Se as religiões caminhassem juntas, não haveria guerras santas como no Oriente Médio. Para todas as pessoas, existe um único Deus, independente da religião”, afirma.
Márcia da Conceição, presbiteriana, acredita que as pessoas estão abertas a compartilhar sem discriminação durante a Jornada da Confiança. “Estou me sentindo a vontade na Jornada, deveriam existir mais eventos como este, em que houvesse a participação de pessoas de várias religiões”. No dia-a-dia, Márcia convive com pessoas de outras religiões. Para ela, “não é importante a escolha religiosa, e sim a fé em Cristo”.
Já Marcela Santana, católica, relata que, para ela, todas as religiões, em sua essência, buscam um mesmo Deus. “Eu vejo que as pessoas estão com a mente mais aberta, percebendo que não existe esta coisa de divisão, tanto que, na Jornada da Confiança estão participando pessoas de outras religiões”. Para ela, todas as religiões devem lutar por uma causa única, que é a paz, individual e coletiva, aceitando o diferente.

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